quarta-feira, 28 de setembro de 2016

III RUN CASTLE

Realizou-se no passado domingo, em Montemor-O-Novo, a 3ª edição do Run Castle, evento que combina corrida com superação de obstáculos e que teve duas distâncias competitivas, 7 e 15 km.
Na corrida de 15 km, onde participaram os nossos atletas, o vencedor foi Custódio António, do Beja Atlético Clube, com o tempo de 58 minutos e 28 segundos.
O nosso Clube teve apenas 3 representantes nesta competição, mas os seus bons desempenhos individuais, um lugar de pódio na geral e dois nos escalões, permitiram alcançar um excelente 3º lugar colectivo.
Continuamos com óptimos resultados neste início de época, sinal de que os atletas não descuraram a sua preparação e rapidamente atingiram um bom nível de forma.
CLASSIFICAÇÃO DOS NOSSOS ATLETAS 
  3º Bruno Gamito 1h 00m 38s (2º Sénior)
  7º Luís Pereira 1h 05m 39s (2º M45)
68º Vítor Pereira 1h 21m 27s (17º M40)

domingo, 25 de setembro de 2016

XXXVI CORRIDA DO TEJO

Disputou-se hoje, entre Algés e Oeiras, com a habitual distância de 10000 metros, a Corrida do Tejo que já vai na sua 36ª edição. 
Nos últimos anos esta prova tem vindo a perder a adesão de muitos atletas e de quase 10000 em 2011 tem vindo a decrescer sucessivamente até aos 6757 deste ano. É verdade que é ainda um enorme pelotão, mas também é bem verdade que um decréscimo de 3000 presenças em 5 anos é muita perda.
Venceu a competição deste ano Manuel Penas, do New Balance, com o tempo de 30 minutos e 53 segundos e os nossos 6 atletas distribuíram-se desde a cabeça do pelotão até quase à sua cauda.
CLASSIFICAÇÃO DOS NOSSOS ATLETAS 
    61º Emanuel Diogo 37m 38s (23º Sénior)
  157º Rui Candeias 39m 50s (18º M40)
  279º António Pires 42m 22s (31º M45)
  328º Francisco Carmo 43m 09s (38º M45)
3757º Joaquim Machado 1h 02m 31s (114º M60)
4587º Luís Gonçalves 1h 07m 35s (769º M40)

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

III MIRÓBRIGA TRAIL RUN

Realizou-se, no passado dia 17 em Santiago do Cacém, pelo terceiro ano consecutivo, o Miróbriga Trail Run composto por uma caminhada de 10 km e uma prova competitiva de 17 km.
A prova que decorreu em percurso misto, urbano e rural, confrontou os atletas com grandes dificuldades em algumas zonas que tinham declives bastante acentuados.
Para além de cerca de 2 centenas de caminheiros o evento teve a participação de 179 atletas, divididos pelos vários escalões etários, entre os quais estiveram 14 do nosso Clube que mais uma vez, e apesar de ser início de época, tiveram excelentes desempenhos os quais contribuíram para que a nossa equipa fosse a vencedora da classificação colectiva.
O vencedor individual foi Rui Gonçalves, do Amiciclo, com o tempo e 1 hora 17 minutos e 15 segundos logo seguido de José Lair, Bruno Gamito e Paulo Morais.
CLASSIFICAÇÃO DOS NOSSOS ATLETAS 
    2º José Lair 1h 17m 50s (2º M40)
    3º Bruno Gamito 1h 17m 59s (1º Sénior)
    4º Paulo Morais 1h 18m 04s (3º M40)
    7º Emanuel Diogo 1h 21m 38s (4º Sénior)
  13º Luís Pereira 1h 27m 26s (5º M40)
  14º Marco Mendes 1h 28m 51s (6º M40)
  17º Fernando Mestre 1h 29m 46s (8º M40)
  18º Rui Candeias 1h 29m 48s (9º M40)
  36º Vasco Agostinho 1h 37m 48s (2º M50)
  53º Fernando Beijinha 1h 45m 31s (3º M60)
  54º Vítor Pereira 1h 45m 36s (14º M40)
  70º Daniel Vilhena 1h 50m 41s (4º SUB23)
120º Rui Freitas 2h 07m 43s (5º M60)
177º Milene Marques 3h 05m 59s (1ª SUB23F) 

O C. F. "OS BELENENSES"

(Texto e foto publicados no jornal "A Bola" em 19/09/2016)


97 anos de vida (artigo de Manuel Sérgio)
20:21 - 19-09-2016 


Nasci, em Lisboa, na freguesia da Ajuda, no dia 20 de Abril de 1933, em madrugada tépida, com os prédios ainda a dormir sobre as ruas silenciosas (se bem interpreto as palavras da minha querida Mãe). Os meus pais, convictos católicos, apostólicos, romanos, nutriam também pelo Belenenses uma incontida simpatia, que se manifestava, por exemplo, nos domingos de tristeza resignada, quase repousante, em que o Belenenses perdia. 
Quando nasci, já o Belenenses era um jovem que empolgava pelos seus desempenhos, nomeadamente nos campos de futebol. Meu pai esboçava um sorriso vagaroso de felicidade, ao lembrar os nomes do Júlio Morais, do Alfredo Ramos, do João Belo, do José Luís, do Rodolfo Faroleiro, do Joaquim de Almeida, do Silva Marques, do Pepe, do Augusto Silva, do Carlos Rodrigues, do João Tomás, treinados por Artur José Pereira – que foram, todos eles, campeões de Lisboa e de Portugal, na época desportiva de 1928/29. De todos se distinguia, pela sua classe invulgar, o Pepe. Era instintivamente jogador de futebol - que transparecia na formidável mocidade, na gaiatice, como fintava e driblava e rematava. Faleceu de intoxicação alimentar, no dia 24 de Outubro de 1931. A propósito, a direção do Belenenses escreveu no seu relatório: 
“Durante a gerência que acaba de findar, sofreu o nosso clube o mais rude golpe de toda a sua existência, com a morte do glorioso internacional e olímpico, o nosso querido amigo e jogador, José Manuel Soares, mais conhecido por Pepe. O seu desaparecimento precoce abriu uma lacuna irreparável, não só no nosso clube, como na nação inteira, que perdeu um dos melhores atletas das suas embaixadas desportivas. Do estrangeiro recebemos também sentidas condolências, o que demonstra o apreço e a popularidade do nosso desventurado Pepe”. De salientar que este jogador marcou 7 golos, nas 12 vezes em que foi internacional.
No dia da morte do Pepe, já o Belenenses completara 12 anos de existência. Com efeito, por força do sonho e da vontade de Artur José Pereira (1889-1943), um grupo de amigos, da Ajuda e de Belém, reuniram-se, numa tépida noite dos fins de Agosto de 1919, na Praça Afonso de Albuquerque, em Belém. Eram eles: o referido Artur José Pereira, acompanhado do seu irmão Francisco Pereira e ainda Henrique Costa, Carlos Sobral, Joaquim Dias, Júlio Teixeira Gomes, Manuel Veloso e Romualdo Bogalho. O Artur, com uma alegria incontida a estourar-lhe do rosto, manifestou-lhes o sonho que o animava: criar um clube de futebol, que representasse a zona ocidental de Lisboa. A ideia foi acolhida por todos com tamanha simpatia que em 23 de Setembro e 2 de Outubro do mesmo ano, duas sessões distintas da mesma Assembleia Geral, no “Belém Clube”, na Calçada da Ajuda, foi decidido por todos os presentes (76 pessoas) oficializar o nascimento do Clube de Futebol “Os Belenenses”. 
A ponto foi o interesse que acompanhou os primeiros dias de vida do Clube da Cruz de Cristo que não lhe faltaram atletas para constituir a sua principal equipa de futebol, constituída com os jogadores seguintes: Mário Duarte, Joaquim Rio, Carlos Sobral, Francisco Pereira, Aníbal dos Santos, Manuel Veloso, Arnaldo Cruz, Alberto Rio, Edmundo Campos, Romualdo Bogalho e Artur José Pereira. “Em 19 de Junho de 1921, o Belenenses, comandado por Artur José Pereira, depois de eliminar o Vitória de Setúbal e o Carcavelinhos, venceu na final o Sporting Clube de Portugal e conquistou a valiosa Taça (das mais valiosas Taças até hoje disputadas em Portugal) “Mutilados da Guerra”. Este foi o primeiro troféu, ganho pelo Belenenses e que se encontra, em lugar de honra, na Sala da Direção do Clube” (Acácio Rosa, Factos, Nomes e Números do Clube de Futebol “Os Belenenses”, 2º. Volume, p. 20).
Artur José Pereira, sem menoscabo de tanta gente ilustre que, em 1919, imediatamente se colocou ao seu lado, aderindo às suas ideias, como o Dr. Virgílio Paula, o engenheiro Reis Gonçalves, o Júlio Teixeira Gomes, etc., etc., por todos foi (e é) considerado o fundador do Clube. Para além de um futebolista de excelência (o Cândido de Oliveira frequentemente aludia à sedução do seu futebol, de um excecional recorte técnico) realizou, no amanhecente futebol português daqueles anos já distantes, um tipo humano de superior dignidade, podendo apontar-se, hoje, sem receio, como um exemplo de inalterável elegância mental e moral. Deixou a prática do futebol, em 26 de Março de 1922 e, em Fevereiro de 1925, assumiu o cargo de treinador de futebol do Belenenses, o que mais o impôs como “figura de proa” do seu Clube, pois que, como líder da equipa, o Belenenses foi campeão de Lisboa, finalista do campeonato de Portugal e, no ano seguinte, campeão de Portugal. 
Homem modesto e honrado, não possuindo património, quando em 1937 adoeceu gravemente, foi Cândido de Oliveira o seu substituto – Cândido de Oliveira que, mensalmente, oferecia ao Artur o vencimento que recebia do Belenenses. Esta é uma das páginas mais belas que a História do Clube da Cruz de Cristo nos oferece! Quantas pessoas não ficaram devendo ao fundador do jornal A Bola a palavra que ilumina, o exemplo que orienta, o conselho que ampara, o perdão que redime!... Até à década de 70, o Belenenses foi campeão nacional uma vez, ganhou Taças de Portugal e tinha o suficiente prestígio internacional para merecer o convite do Real Madrid à inauguração do Estádio de Chamartin. É verdade: foi com um jogo Real Madrid-Belenenses que o principal clube da capital espanhola fez a festa da inauguração do seu estádio.
Ainda na década de sessenta, na sede do Belenenses, que então se situava na Avenida da Liberdade, em Lisboa, assisti a uma conversa, entre o Dr. Vale Guimarães e o comodoro Eduardo Scarlatti, dois belenenses ilustres, que me deixou a pensar. Era uma tarde de inverno, o céu empalidecia rapidamente. Eduardo Scarlatti, rosto redondo, sem protuberâncias ósseas, do qual pendiam as orelhas diáfanas e cerúleas, disse, grave e pausadamente, ao Dr. Vale Guimarães, ao mesmo tempo que, de soslaio, olhava para mim com amistosa sobranceria: “O Belenenses não é suficientemente grande para aguentar o impacto tremendo do profissionalismo”. Eu, no recato da minha insignificância, repeli a ideia, mas hoje reconheço que o comodoro Scarlatti tinha razão. A repetição exaustiva, massacrante do ensalmo doía-me (“o Belenenses não é suficientemente grande para aguentar o impacto do profissionalismo”). 
Mas, de facto, não foi, não é. E nós, belenenses, vivemos tanto do Passado e das “torres de Belém” e do Mariano Amaro e do Artur Quaresma e do Matateu e do Vicente e do Di Pace e do Fernando Peres e do Vítor Godinho que só seremos Futuro, quando não lembrarmos tanto o nosso glorioso Passado. Para existir, não basta ter História. Esta ciência, se bem me lembro o que aprendi na Faculdade de Letras, é o conhecimento sistemático do passado humano. Ora, respeitando-o embora, colhendo dele as necessárias lições, já basta da nossa “intranscendência cultural”, ou seja, de cultuar tão-só o Passado e mostrar uma doentia incapacidade de construir o Futuro. O Belenenses já foi grande e com pessoas de sentimento clubista igual ao nosso. Portanto, o Belenenses pode voltar a ser grande, quando quisermos. 

Manuel Sérgio é professor catedrático da Faculdade de Motricidade Humana e Provedor para a Ética no Desporto

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

I TRAIL VEREDAS DO XARRAMA

O Clube Xarramadventure organizou no passado domingo, no Torrão, o 1º Trail do Torrão-Veredas do Xarrama.
A prova teve duas distâncias competitivas, 15 e 25 km, em que participaram 41 atletas e em ambas o nosso Clube esteve representado ao mais alto nível pois os nossos atletas ocuparam os 4 primeiros lugares nos 15 km e os 2º, 5º, 6º e 12º nos 25.
Depois de no dia anterior o Luís Matos ter iniciado a época com uma presença no pódio, no Torrão 8 atletas alcançaram 5 lugares de pódio na geral e mais 7 nos escalões. Sem dúvida um excelente início que faz prever que esta época, à semelhança da anterior, será também recheada e êxitos.
CLASSIFICAÇÃO DOS NOSSOS ATLETAS 15 KM
  1º Bruno Gamito 1h 07m 03s (1º Sénior)
  2º Emanuel Diogo 1h 10m 04s (2º Sénior)
  3º Luís Pereira 1h 11m 53s (1º M40)
  4º Rui Candeias 1h 13m 33s (2º M40)
CLASSIFICAÇÃO DOS NOSSOS ATLETAS 25 KM
  2º José Lair 1h 47m 14s (1º M40)
  5º Hugo Gonçalves 2h 05m 34s (3º Sénior)
  6º Vasco Agostinho 2h 13m 45s 3º M40)
12º Vítor Pereira 2h 41m 12s (5º M40)


A Equipa antes da corrida

Pódio Séniores 15 km
 
Pódio Veteranos 15 km
Pódio Séniores 25 km

Pódio Veteranos 25 km

I TRAIL DE BERINGEL

Realizou-se, no passado sábado, o 1º Trail e Caminhada solidários Dr. Joaquim Augusto Rodeia, com organização do União Desportiva e Cultural Beringelense em parceria com a Junta de Freguesia de Beringel e com o apoio técnico da Associação de Atletismo de Beja.
A prova competitiva teve duas distâncias, 15 e 25 km e nelas participaram um total de 69 atletas.
Nos 15 km foi vencedor o atleta, do Beja Atlético Clube, Carlos Papacinza com o tempo de 55 minutos e 25 segundos e nos 25 km venceu João Cruz, do mesmo Clube, com o tempo de 1 hora, 37 minutos e 25 segundos.
Nesta que foi, para o nosso Clube, a primeira corrida da época, Luís Matos participou nos 25 km e obteve um excelente 13º lugar com 2 horas 6 minutos e 58 segundos que lhe valeu o 3º lugar no escalão M40.
Luís Matos em pleno esforço (Foto: António Tobias)